O Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nesta sexta-feira (26/04) a Operação Passa Fácil para desmantelar uma organização criminosa suspeita de fraudar concursos públicos em prefeituras e câmaras municipais do interior de São Paulo. A ação envolveu o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão em cidades como Fernandópolis, Jales, Aparecida d'Oeste, Guapiaçu, Auriflama e Franca.

Segundo o promotor João Paulo Gabriel de Souza, coordenador da operação, um homem foi preso em Jales por ser apontado como líder do esquema criminoso e sócio oculto de 13 empresas investigadas por supostamente fraudarem licitações e venderem vagas em concursos públicos. "Os mandados foram cumpridos nas casas dos sócios formais dessas empresas e também dos sócios ocultos, aqueles que têm ligação direta, mas não querem aparecer", explicou.

As investigações apontam que três empresas, duas da região noroeste e uma de Ribeirão Preto, estariam envolvidas no esquema fraudulento. Uma moradora de Fernandópolis é apontada como uma das líderes do grupo, sendo sócia de uma empresa anteriormente proibida de contratar com o poder público.

Durante as buscas, foram apreendidos computadores, celulares e anotações que serão analisados pelo setor de inteligência do Gaeco. Cerca de 10 pessoas estão sendo investigadas, incluindo dois advogados suspeitos de comprarem vagas para o cargo de procurador jurídico.

Se comprovada a participação dos envolvidos, eles podem responder por associação criminosa e crimes contra a administração pública. A operação contou com o apoio da Polícia Militar e não tem relação com o concurso público realizado em Fernandópolis.

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